domingo, 28 de setembro de 2014

Perfeito de Longe e Imperfeito de Perto: não existe pacote perfeito no amor!

Após anos e anos me dedicando ao cuidado de pessoas que durante o processo terapêutico falam de amor, encontro cada vez mais indivíduos que acreditam no fator sorte, destino ou falta de merecimento, para o fato de ainda não terem encontrado o seu par perfeito. Ouço suas expectativas quanto ao parceiro (a) ideal, sobre suas frustrações e desilusões vivenciadas na tentativa de encontrar a pessoa certa. E observo que amar um outro alguém está cada vez mais difícil porque cada vez menos se busca conhecer o que a outra pessoa tem de melhor ou de pior. Cada vez mais as pessoas projetam no outro suas expectativas e se frustram. Pacote perfeito no amor... não existe! Assim como, amor ideal e amor real podem ser parecidos, nunca serão a mesma coisa. No geral, as pessoas dizem que não acreditam em perfeição, mas no fundo estão buscando o que acreditam ser o amor para a vida inteira. E será que existe alguma garantia em se viver felizes para sempre? Já dizia o poeta Vinícius de Moraes, em seu soneto de fidelidade: " mas que seja infinito enquanto dure esse amor". Para amar verdadeiramente alguém, temos que primeiro conhecê-lo e para isso, temos que nos permitir dar tempo e oportunidade para que o amor aconteça. Hoje em dia, a urgência com que tudo tem que ser vivido ou resolvido, está sendo transferida para o ato de amar um outro alguém ou de ser amado. O indivíduo está ansioso por uma definição ou uma resposta: estamos namorando? Ou, você me ama?Observo que a experiência de conhecer o seu parceiro (a) precisa acontecer rapidamente e igualmente a definição de que tipo de relação teremos, amor ou amizade? Também precisa ficar definido quase que instantaneamente! Já ouvi em consultório: amor verdadeiro acontece quando é a primeira vista! Será mesmo que à primeira vez é possível conhecer alguém? Será que o tempo para que ambos se conheçam deixou de ser importante ou realmente nunca foi? O resultado disso são pessoas cada vez mais entristecidas, acreditando que não são merecedoras dessa felicidade e ainda, pessoas que se apaixonam por um indivíduo criando um ser através de suas projeções. Ou seja, me apaixono por quem eu desejo que o outro seja, para que seja meu par perfeito ou alma gêmea. Será que esse tipo de pensamento é muito ingênuo ou imaturo? Será que é mais prevalente nas mulheres do que nos homens? Observo que hoje em dia, cada vez mais, guiado pelos ideais de felicidade, o amor para mulheres e homens está cada vez mais distante de completar ou de se realizar. O que tem influenciado neste modo de entender e viver o amor? Talvez seja de que bem sucedido ou não, para que ele aconteça temos que pelo menos nos dar a chance de conhecer mais sobre a pessoa que acabamos de reconhecer como potenciais amores em nossas vidas. É isso mesmo, potenciais porque só a experiência nos dirá se isso é verdade ou não. Mas já aviso aos que estão com a autoestima rebaixada ou pouca fé em relação a si mesmo. Para amar outra pessoa e ser amado, precisamos nos reconhecer como seres também merecedores do nosso amor e dedicação.  
 
Abraços fortes e uma ótima semana para todos! 
 
 
 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Revisitando o Construindo Sentidos

Olá queridos e queridas visitantes e/ou seguidores do Construindo Sentidos! Por motivos pessoais e profissionais me afastei do Blog e hoje, após revisitar meus textos e repensar meu afastamento, me encontro desejando voltar. Para isso, estou publicando essa nota. Estou de volta, mas ainda com calma... não tenho como me dedicar integralmente ao Blog pelo menos por enquanto. Sempre que possível, estarei por aqui escrevendo sobre minha prática profissional e principalmente, sobre pessoas que estiveram ou estão em processo terapêutico, seja por qual motivo ou necessidade. Que com suas histórias, poderão ajudar e orientar outras pessoas que também necessitam do tratamento psicológico para reequilibrar suas vidas e encontrar novas formas de sentir, de reagir, de existir...
 
Abraços fortes e até breve!