domingo, 30 de maio de 2010
Desejo de compartilhar o que faz bem...
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Ensinando a Voar
Esta postagem busca a reflexão sobre a necessidade de algumas pessoas superprotegerem outras. Diversas são as razões para esta forma de se relacionar. Seja qual for a causa, é importante pensar sobre quais serão as conseqüências dessa atitude ou forma de cuidado?
O significado de cuidado que não cause danos, nem cobranças ou sobrecarga àquele que recebe ou que pratica a ação, poderia se assemelhar a uma relação em que se ensina a voar.
Algumas pessoas necessitam cuidar mais do outro do que de si mesmas. Algumas pessoas não sabem como cuidar de si, mas são excelentes cuidadores de quem amam ou de quem necessita de seu cuidado. Alguns aprenderam a cuidar com as figuras paternas e/ou outras figuras primárias de afeto e cuidado, já no início de suas vidas. Algumas constituem o sentido de cuidar como essencial, porque na verdade nunca se sentiram cuidados por alguém. Repito, seja qual for o motivo, cuidar no sentido de ajudar o outro a caminhar sozinho quando necessário, não é nada fácil e o grau de dificuldade, pode estar relacionado à características pessoais do “cuidador”.
Quantos pais se sentem desvalorizados por seus filhos e dizem que apesar de terem feito tudo por eles, de viver em função de suas necessidades e desejos, não são valorizados ou reconhecidos como deveriam? Quantas pessoas buscam em seus parceiros a gratidão pelas renúncias e atenção exclusiva, desde o início da relação? Quantas amizades são reconhecidas apenas se o sujeito está sempre ou totalmente disponível quando necessário?
Essas perguntas, nos fazem pensar no que estamos fazendo de nossos relacionamentos, o que verdadeiramente nos aproxima ou afasta daqueles que tanto queremos bem. Existem relações que resistem ao tempo, às mudanças e a distância. O que será que essas pessoas conseguiram de mágico, para que suas relações permanecessem, para que ainda assim se sentissem cuidados?
Só é possível ensinar a voar, quando existe confiança e segurança, quando acreditamos verdadeiramente no vínculo afetivo formado e principalmente, no Ser que se apresenta para nós. Cuidamos melhor quando sabemos cuidar também de nós mesmos! Pense no que tem feito por você, pense se tem cuidado para que esteja bem, para que seus vôos sejam cada vez maiores e mais felizes!!!
Existencialismo

O existencialismo foi inspirado nas obras de Arthur Schopenhauer, Soren Kierkegaard, Fiódor Dostoiévski e nos filósofos alemães Friedrich Nietzsche, Edmund Husserl e Martin Heidegger, e foi particularmente popularizado em meados do século XX pelas obras do escritor e filósofo francês Jean-Paul Sartre e de sua companheira, a escritora e filósofa Simone de Beauvoir.
O existencialismo representa a vida como uma série de lutas. O indivíduo é forçado a tomar decisões; freqüentemente as escolhas são ruins. As regras sociais são o resultado da tentativa dos homens de planejar um projeto funcional. Ou seja, quanto mais estruturada a sociedade, mais funcional ela deveria ser.
Os existencialistas explicam por que algumas pessoas se sentem atraídas à passividade moral baseando-se no desafio de tomar decisões. Seguir ordens é fácil; requer pouco esforço emocional e intelectual fazer o que lhe mandam. Se a ordem não é lógica, não é o soldado que deve questionar. Deste modo, as guerras podem ser explicadas, genocídios em massa podem ser entendidos. As pessoas estavam apenas fazendo o que lhe foi dito.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Aos Pais

sexta-feira, 21 de maio de 2010
Proteção tem limites

E agora lhes pergunto: Quando a proteção deixa de ser saudável e causa prejuízo aos indivíduos envolvidos? Como reconhecemos o limite para essa proteção?
Proteção e defesa caminham lado a lado. Aprendemos desde crianças, através das orientações da família e dos educadores, pelas notícias de televisão e também nas conversinhas com outras crianças, que o mundo está perigoso e por isso, não devemos falar com estranhos. Alguns aprendem precocemente através do sofrimento e da ausência de proteção.
Existem regras para manter-se protegido, que variam de família para família, de ambiente para ambiente, de pessoa para pessoa e surgem a partir da experiência de vida de cada um.
São experiências na relação com o outro e na formação dos vínculos afetivos, responsáveis pela bagagem que carregamos e que nos ajuda ou nos atrapalha, na construção dos caminhos e nas escolhas que realizamos durante a vida. “O tempo certo, que traz todas as coisas”, já dizia o filósofo Heráclito de Éfeso. O tempo próprio, tempo que pertence a cada um, que será utilizado no aprendizado da vida, na conquista de nossas próprias “armas” de defesa ou enfrentamento das dificuldades encontradas.
Costumo dizer que não é possível pegar a vida do outro e resolvê-la, para depois devolver ao seu dono, com tudo bem arrumadinho. Sabemos disso, mas por que então é tão difícil agir dessa forma? Por que muitas vezes necessitamos proteger a todo custo e até exageramos no cuidado e na proteção?
É importante refletir sobre como estamos protegendo quem tanto amamos! Para não gerarmos indivíduos extremamente inseguros e dependentes emocionalmente. Senão teremos adultos que deverão substituir suas figuras paternas de apoio, por relações amorosas em que o (a) parceiro (a) assumirá papel semelhante ao dos “pais protetores” de antes.
Por isso, lembrem-se que proteger não significa ser responsável pela vida do outro! As dificuldades ensinam! Receber ajuda é sempre muito bom, às vezes é bastante necessário, mas que nossa autonomia e escolhas sejam preservadas. Só assim crescemos... amadurecemos! Proteção em excesso gera insegurança e compromete nossas escolhas diante da vida.
Continuemos essa discussão em outro momento, já que não podemos esquecer, daqueles que por alguma razão “precisam” proteger excessivamente. Para esses, o peso da bagagem é muitas vezes insustentável, causando adoecimento e no futuro, grande arrependimento.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Música: Paciência (Lenine e Dudu Falcão)
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
(...)
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
A vida não pára...
sábado, 15 de maio de 2010
Sobre o Amor - Parte II

Uma delas contou sobre os anos ao lado do marido que nunca foi o parceiro idealizado, refere que por esse motivo sofreu muito durante anos. Hoje reconhece que ele fez o que podia ou o que conseguia fazer e que nunca deixou de ser um bom marido. Sente como se tivesse perdido muito tempo, desejando que ele fosse diferente. Esse tempo, segundo ela mesma conta, é um tempo que não volta. “Tempo que perdi e não vivi ao lado do homem que me fez muito bem, só não me amou do jeito que eu o amei”.
A segunda paciente relatou que durante o casamento, seu esposo tinha “interesses diferentes”. O que muitas vezes serviu de motivo para discussões e/ou atritos. Refere que hoje, após nove meses de seu falecimento, desejava poder voltar no tempo e fazer diferente. “Gostaria de fazer mais os desejos dele, já que ele sempre foi um bom marido. Reconhece que sempre fez o melhor que pôde, mas às vezes sente como se não tivesse conseguido ser a esposa que ele desejava. Refere que não conseguia, mas ainda assim gostaria de voltar no tempo.
A terceira e última paciente, também já perdeu o esposo falecido há 10 anos. Refere o mesmo com muito amor, diz sentir muitas saudades e se recorda do tempo que viveram juntos. “Esse tempo não volta”. Descreve que o casamento foi muito bom e apesar de freqüentarem religiões tão distintas, sempre se respeitaram muito.
Três histórias que falam de vivências de amor, que resistem as idealizações, às dificuldades enfrentadas pelas diferenças. Todas sentem saudades de um tempo que não volta mais. Será que daríamos tanto valor ao tempo, se pudéssemos voltar sempre que desejássemos? Será que não foram as dificuldades enfrentadas que fortaleceram esse amor? Se você está nesta condição, talvez seja importante pensar se não pode modificar o que precisa agora, para não viver mais pra frente a "angústia do tempo que não volta."
Amor por escolha, amor realidade, amor com renúncias, amor que cuida e não anula o ser que ama. Amor autêntico, amor que cresce pelas diferenças, que não exige condição para existir, para ser como é... do jeito que conseguiu ser.
Desejo muito amor para todos nós!
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Sobre o Amor...

É um tema que promove diversas discussões e significados. Sua complexidade vem sendo estudada por muitos pesquisadores de diferentes áreas.
Esta postagem inicia mais uma problematização, sobre esse ESTADO, essa EMOÇÃO, esse SENTIDO de vida, essa VONTADE que dá de viver assim... mesmo que uma única vez na vida, O AMOR ...
Podemos pensar o amor de diferentes cores, nuances, intensidades, amor compartilhado... amor platônico, amor fantasiado, amor inesperado, amor maduro, amor por conveniência, amor por escolha...
Como estamos realizando nossas escolhas quando falamos de amor? O que nos direciona nessas escolhas, em que nos baseamos? O que você busca quando vivencia o amor?
“Amor é tarefa complexa, além de tudo porque para amar preciso primeiro me amar. Dentro e fora são reflexos mútuos, como dois espelhos em lados opostos. Vou procurar um amor bom pra mim – no qual me reconheço e me reencontro, me refaço e me amplio, me exploro, me descubro – se minha imagem interior me leva a isso. O amor mais que tudo nos revela: manifesta nossas tendências, o que preferimos e escolhemos para nós. Quero, mereço ser e fazer feliz ou preciso me punir e castigar ao outro; mereço e posso crescer ou me aniquilar... e ao outro comigo? (...) Escolho conforme minha saúde emocional ou minha doença, meus desejos mais obscuros, meus movimentos inconscientes em direção de afirmação ou destruição.”
(Lya Luft – Perdas e ganhos)
domingo, 9 de maio de 2010
"Tempus Fugit" quer dizer "o tempo foge". A vida é breve.

(Rubem Alves)
sábado, 8 de maio de 2010
Parar e fazer um "balanço"

Por que será que não nos observamos, nem questionamos o que temos feito? Será que não aprendemos como fazer? Será que nos ensinaram que questionar é feio... é errado? Ou que temos de fazer isso ou temos de fazer aquilo e pronto! Seguimos modelos durante a vida, isso é fato! E às vezes repudiamos tanto o que nos ensinaram, que escolhemos fazer o inverso. O que pode nos levar a uma desorganização de qualquer forma. Quero dizer que não refletir pode ser prejudicial e trazer danos irreparáveis, os impulsivos que o digam! Mas refletir demais pode contribuir com a passividade.
Acredito que quanto mais cedo se aprende a parar e pensar sobre como se está vivendo a vida, melhor proveito e ensinamento tiramos! Meus pacientes já idosos e os que atendo na clínica de paliativo, estão sempre me ensinando que a vida deve ser vivida todos os dias e se adiamos muito... perdemos mais do que ganhamos!
O Tratamento Psicológico

quarta-feira, 5 de maio de 2010
Meu EU X EU do outro

Todos nós pertencemos a um mundo repleto de sujeitos que levam consigo suas individualidades e/ou subjetividades, inseridos nos diversos ambientes (familiar, profissional, nas amizades...), desempenhando papéis diferentes em cada uma das situações. Somado a isso, temos o fato de que todos possuem como parte de sua subjetividade, uma história de vida carregada de valores, ensinamentos, deveres, expectativas e em alguns casos, “missões” a serem cumpridas. Ufa... quanta complexidade quando o assunto é relação humana ou interpessoal! Relação entre meu EU e o EU do outro.
Se você conseguir, tente se imaginar de frente para alguém com quem neste momento está tentando se relacionar ou somente, iniciar uma conversa. Imagine que atrás de você e desse outro, estão todas as pessoas responsáveis pela construção do sujeito que vocês se tornaram, pela personalidade que cada um de vocês possui. As filas ficaram grandes, né? Será então impossível o relacionamento sadio e prazeroso entre humanos? Quem sabe se pudéssemos resolver este (s) problema (s), nos percebendo como seres pertencentes e também RESPONSÁVEIS pelo sucesso da relação? Não seríamos os únicos responsáveis, porém participativos nesta construção. Desta forma, poderíamos construir relações onde nossa marquinha de identificação aparecesse, onde não seríamos apenas figurantes. Mas é preciso tomar cuidado para não desejar o papel principal e esquecer que neste enredo, precisam existir pelo menos duas pessoas, que juntas deverão construir o papel principal. Apenas na relação que mantenho comigo mesmo, consigo ser o único que sempre realiza as escolhas.
Convido a todos, a criarem mentalmente uma listagem com as ferramentas necessárias para um bom relacionamento interpessoal. Recorro novamente à humanidade e a empatia; sigo em frente pensando no respeito a nossa individualidade e a do outro; acredito ser importante o exercício de saber ouvir e não apenas de querer falar; também o entendimento de que somos seres em construção e o saber do outro não faz de você um ser menos importante ou capaz; toda relação saudável se faz através da soma das subjetividades e quando uma se sobrepõe a outra, as chances de dar errado se multiplicam; é preciso gostar de receber e também de se doar; flexibilidade; troca; tolerâncias às diferenças; tempo; sensibilidade e compreensão quando o outro não consegue realizar algo que está fora de suas condições (físicas, financeiras, afetivas, psicológicas... etc); prezar a liberdade de escolha de ambas as partes; é necessário ensinar e aprender com o outro, sem arrogância ou presunção; entender que do seu jeito, só você consegue ser ou fazer; e por aí vai...
Então tem receita pronta, pra viver bem na relação com os outros? Não! Tem caminhos, possibilidades, tem ferramentas que serão utilizadas quando necessário e se desejar. Talvez a finalidade seja uma só, promover o BEM de todos os envolvidos. Sobre isso, poderíamos abrir mais uma deliciosa e difícil discussão. Que BEM é esse, como identificamos isso? Alguma sugestão? E assim continuamos, dia a dia nessa busca pela relação saudável, que acontece a partir do conhecimento sobre o outro, e principalmente a respeito de si mesmo. Estamos aprendendo, um dia chegamos lá!
terça-feira, 4 de maio de 2010
Ressaca emocional

domingo, 2 de maio de 2010
Mudar pensamentos, sentimentos e atitudes...

“Ah, é a saudade do outro que eu poderia ter sido que me dispersa e sobressalta!”
(Fernando Pessoa)