quinta-feira, 29 de julho de 2010
Cuidando de quem cuida
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Presente compartilhado

Beijosss...
"Se não quiser adoecer, tome decisões.
sábado, 24 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Quando alguém que amamos adoece
Gostaria de compartilhar este vídeo com aqueles que já vivenciaram o adoecimento de algum familiar ou afeto, também com os que não sabem o que significa. Considero importante refletir sobre o significado do cuidado dispensado as pessoas que são acometidas por uma doença grave e se encontram fisicamente e emocionalmente fragilizadas. Quando quem adoece é alguém que amamos, muitas vezes sentimos como se apesar de todo o esforço, nada fosse o suficiente para que esta pessoa fique bem. Aí que facilmente nos enganamos... todo o cuidado que dispensamos, dentro das nossas possibilidades... favorece no enfrentamento das dificuldades e/ou sofrimento decorrentes da doença.
Esta criança do vídeo, teve a sensibilidade de perceber a importância do seu cuidado e deu ao outro, o que estava ao seu alcance. Pensem nisso, para os que precisam... perceber-se amparado e/ou cuidado, pode prolongar a vida e também minimizar angústias e sofrimentos.
Se alguém desejar compartilhar experiências e dúvidas a respeito das mudanças na dinâmica familiar e da necessidade de acompanhamento psicológico para pacientes oncológicos e seus familiares. Estou à disposição.
Um forte abraço ... até mais.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Bullying

Bullying se caracteriza por comportamentos violentos, que se configuram através de atitudes preconceituosas e/ou atos de covardia contra as diversas vítimas dessas ações praticadas pelos assim chamados bullies (agressores).
- verbais: insulto, ofensa, xingamento, gozações, apelidos pejorativos, piadas ofensivas, etc.
- físico e material: bater, chutar, machucar, empurrar, roubar ou furtar, destruir pertences das vítimas, etc.
- psicológico ou moral: irritar, humilhar, ridicularizar ou desvalorizar, excluir, ignorar, desprezar, isolar, difamar, tiranizar, dominar, perseguir, aterrorizar ou ameaçar, etc.
- sexual: abusar, violentar, assediar, insinuar, etc.
- virtual: espalhar calúnias ou maledicência através dos recursos tecnológicos de comunicação (celular, internet).
Os bullies atuam geralmente em bando, o que contribui para a exclusão social da vítima e em muitos casos, para a evasão escolar ou dificuldades na aprendizagem.
Como conseqüências emocionais e comportamentais, os estudos falam sobre o agravamento de problemas emocionais já existentes e ainda, que a vivência recorrente das agressões praticadas contra as vítimas de bullying, pode desencadear distúrbios psicológicos, tais como: sintomas psicossomáticos, transtorno de pânico, fobia escolar, fobia social, transtorno de ansiedade generalizada, depressão, anorexia e bulimia, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático, suicídio, entre outros. As vítimas geralmente são crianças inseguras ou com baixa auto-estima.
Vale ressaltar que os agressores tornam-se adultos e podem continuar praticando bullying não mais como alunos, tornam-se professores e/ou profissionais de diversas áreas, praticando ações que denotam abuso de poder, intimidação e prepotência. Dessa forma, conseguem manter sua autoridade e domínio sobre o outro (vítima).
“É fundamental explicitar que as atitudes tomadas por um ou mais agressores contra um ou alguns estudantes, geralmente, não apresentam motivações específicas ou justificáveis”.
Sobre o assunto, continuarei problematizando em outras postagens.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
"Tu tens um medo"
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.”
(Cecília Meireles)
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Lição de Vida

Pessoas doentes do corpo e doentes da alma estão em busca do remédio para o seu sofrimento. Em cuidados paliativos falamos em intervenções terapêuticas, porém sem possibilidades curativas. Quem trabalha com o paciente que tem uma doença fora de possibilidades curativas, aprende a cada encontro ou atendimento, que apesar de todo o sofrimento e/ou dificuldade, sempre existe alguma possibilidade enquanto há vida.
Para o paciente gravemente enfermo, que sabe do seu diagnóstico incurável e recebe ajuda para enfrentar as dificuldades relacionadas ao possível término da vida, viver o tempo e a vida que lhe resta, passa a ser o grande sentido de sua existência. Quase que uma corrida contra o tempo, para se permitir realizações adiadas, para colocar no lugar o que ficou abandonado, para reparar o que em algum momento se quebrou (principalmente, vínculos e/ou relações de afeto).
Hoje, tive o privilégio de aprender um pouco mais sobre vida e morte, sobre os sentidos de existência e oportunidades de reparações ou ressignificações. Recebi no consultório, um familiar que no início do acompanhamento psicológico, chegou bastante confuso ou desorganizado emocionalmente, pois seu filho que acabara de casar, estava gravemente enfermo.
Aceitou ajuda psicológica porque desejava ter condições para ajudar sua família. Hoje, encontra-se ainda enfrentando junto de seus familiares, as dificuldades e incertezas que a doença impõe; porém, afirma que descobriu uma outra forma de olhar a si mesmo e as pessoas que tanto ama, com outros olhos... olhos de quem cuida e respeita os esforços e dificuldades do outro.
A união e o amor que sempre existiu, mas pouco se externava, hoje está visível aos olhos de quem quiser ver. Principalmente deste pai e de seus queridos familiares.
A doença é um desafio que continua sendo enfrentado. A vida é vivida e valorizada como nunca tinha sido antes. Essa é a grande lição de vida que este pai, trouxe hoje em seu atendimento. “Meus olhos não estão mais fixados na dor, o campo está mais amplo, hoje enxergo a vida e as pessoas que estão ao meu lado, dou muito mais valor.”
Nunca é tarde para viver melhor. Valorizar a vida é estar mais atento aos detalhes, é viver sem atropelar os sentimentos que surgem a partir da experiência dolorosa ou dos momentos de convivência com o outro e consigo mesmo.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Cuido bem de todo mundo, mas não sei cuidar de mim...

Posso dizer, pelos casos que acompanho e outros discutidos com outros profissionais na instituição de saúde em que trabalho, que mais de 80% dos pacientes de nosso serviço para doentes crônicos, são de pessoas que dedicaram ou dedicam-se no cuidado de outras pessoas e não dispensam qualquer tempo consigo mesmas.
Negar algo a alguém tem o peso de magoar ou desamparar aquele que pede por ajuda. Acontece que se esse não, nunca é dito para o outro, pode ter certeza que vem sendo dito por você ... aos seus desejos, realizações e necessidades em 100% dos casos.
Difícil né? Uma paciente me disse: “Aprendi que só invadem o meu quadrado porque eu deixo, porque nunca fiz nada por mim, só pelos outros.”
Essas pessoas que não cuidam de si, na velhice... não saberão do que gostam ou precisam, pois há muito tempo deixaram de pensar em si mesmas, viveram sempre em função do outro.
Dessa forma, generosidade acaba custando muito caro! Tudo tem peso e medida, qualquer exagero pode levar ao desperdício. Aquele que só recebe, não aprende a valorizar e acaba desperdiçando tudo que conseguiu sem investimento, sem esforço próprio.
Como é difícil dizer não! Essa palavrinha sai fácil fácil da boca de algumas pessoas, já de outras... é um martírio!
Como ser generoso com o outro e não ser generoso consigo mesmo? Muitas pessoas se relacionam dessa forma com seus afetos e se magoam com a indiferença dos mesmos, que não reconhecem suas necessidades.
E você, que vive a vida cuidando de todos, sempre esquecendo de você. Quando vai começar a ouvir suas necessidades? Quando a sua generosidade vai ser partilhada com você mesmo?
Cuidar do outro é gratificante, sei disso. Mas não cuidar de si mesmo, pode gerar sofrimento e adoecimentos graves ou irreversíveis. Pense nisso!
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Amizade

domingo, 4 de julho de 2010
Perdas...

E as fases no ciclo da vida vão passando... continuamos a perder. Com isso, muitas vezes sofremos. Nem sempre o sofrimento chega junto com a perda, os anos passam e mais na frente, sentimos a falta... ausência... saudade. Saudade daqueles tempos, daquilo que ficou e não volta mais, saudade de quem não está mais por perto, saudade de quem fomos.
Infância... Adolescência... Vida Adulta... Velhice...
E assim, seguimos a vida... vivenciando rompimentos, transições, perdas, lutos...
Viver não é fácil, perder também não. Dependendo do significado, da relação estabelecida com o objeto e/ou pessoa perdida, quando não elaborada a perda, pode desencadear mais do que sofrimento... pode causar o adoecimento do ser.
Perdemos... sonhos, esperanças, pessoas, momentos, oportunidades, coisas, saúde, lugares, amores, prazeres, conceitos, perdemos vida...
E o que se ganha, depois de tantas perdas? Perdas e ganhos fazem parte de nossa história, da vida de cada um. Nem por isso, perder se torna fácil... depende sempre da importância, do vínculo, da dependência e/ou necessidade, do amor, do investimento, do significado, das pendências...