segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Casamento


No tempo de nossas avós e bisavós, o casamento ocorria para as mulheres, antes mesmo que deixassem a adolescência. Nesta época, as mulheres se casavam e exerciam o papel de esposas responsáveis por seus maridos, filhos e lar; não estudavam e dependiam de seus maridos como um dia dependeram de seus pais.

Perante a sociedade, a mulher que não casasse era vista como fracassada, da mesma forma as divorciadas. Por isso, é frequente conversar com senhoras de 70, 80 e 90 anos, e ouvi-las dizendo que todas casavam para engravidar e criar uma família. Ah e o casamento era uma união para a vida toda! Independente do que o marido fizesse, todas deveriam permanecer casadas para o resto de suas vidas.

O casamento era realizado como um acordo entre as famílias e em poucas semanas, depois de se conhecerem, ocorria o casamento. A mulher e o homem não escolhiam o (a) parceiro (a) que demonstrasse afinidade ou interesses em comum. E quanto ao amor? Rilke nos diz que " é um sublime estímulo para o indivíduo amadurecer..."

E qual herança, nós recebemos dessa época e do significado do matrimônio vivido por nossas avós, bisavós e para algumas, no tempo de suas mães? Fato é que todas casavam ainda muito jovens e imaturas. Será que a vida conjugal nos dias atuais, pode ser entendida com uma base mais madura, já que as pessoas casam com mais idade?

Viorst nos fala sobre o conceito de "casamento adulto", segundo a autora , neste o indivíduo compreende que "não é e nem deve ser o professor, o pai ou a mãe, o editor, supervisor ou cópia do outro". E que somente no casamento adulto, ocorre o equilíbrio entre independência e união. Isso porque o casamento adulto permite que os sujeitos aprendam a lidar com as limitações e imperfeições do outro. Neste processo, ambos são parte desta construção e ambos amadurecem.

Não existe casamento sem conflitos, mesmo no "casamento adulto". Isso ocorre, porque são dois seres aprendendo a se relacionar e a conviver com as características pessoais do outro. Sem esquecer que todos nós levamos nossa "bagagem" (história de vida) conosco, quando casamos.

A lua de mel acabou, e agora que descobertas virão? Costumo dizer que as expectativas precisam caminhar lado a lado com a realidade, senão o descontentamento é inevitável. Não existe pacote perfeiro, o que me agrada, não necessariamente agradará o outro da mesma forma. Neste sentido, que os indivíduos aprendem a fazer concessões e a compartilhar dos momentos felizes e dos conflitos ou choques do casamento, para que juntos possam aprender um sobre o outro, estabelecendo então, a relação conjugal como ela é.

O que faz parte de TODA união conjugal? Viorst diz que "família e amigos agregam prazer... e complicações". O que na verdade só se torna um grande problema, quando o casal não consegue separar essas outras relações, da relação do "nós". Vale lembrar que o segredo para o sucesso é sempre buscar o equilíbrio. O casal para manter sua harmonia, necessita da particularidade ou privacidade, mas se viverem isolados de seus familiares e amigos, se viverem somente um para o outro e do amor que sentem, terão suas vidas restritas e os rompimentos ou perdas, podem comprometer o futuro da relação.

Casamento de antigamente ou do tempo atual, seja de que época for, sempre exige de ambos comprometimento, investimento ou cuidado, construção e respeito, amor... Caso contrário, ou se separam ou vivem juntos e INFELIZES para sempre!


Abraços fortes...



"O casamento deve combater incessantemente um monstro
que devora tudo: o hábito."

(Balzac)

Um comentário:

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