"A alma é uma borboleta...há um instante em que uma voz nos diz que chegou o momento de uma grande metamorfose..."
(Rubem Alves)
As resistências surgem toda vez que o ser humano se depara com um daqueles momentos de intensas mudanças, de incertezas e aparente ou real ameaça. É natural de todos nós seres humanos, desejarmos nos defender quando algo de ruim acontece ou está para acontecer.
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Na vivência da dor ou do sofrimento, criamos defesas e resistências, que nos afastam de pensar e sentir, que não nos permite entrar em contato com nossas dores. Desta forma, entende-se que vai passar, como se o tempo fosse o melhor remédio para toda ou qualquer dor. Será? Será mesmo que é só não pensar, é assim que tudo se resolve?
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Parar de pensar em alguns casos ou por algum tempo, é também deixar de sentir. Mas como todo conflito ou ferida, física e emocional, se não for resolvida... dissolvida também não será!Muitas pessoas andam por aí, sendo absorvidas ou se deixando absorver pelas atividades diárias, pelo trabalho excessivo, pela preocupação ou atenção totalmente voltada para o outro e dessa forma, resistem as suas dores. Criando uma falsa sensação de que não "padecem" mais, ou de que não sofrem tanto.
É verdade que ao nos ocuparmos com algo ou alguém, deslocamos toda a atenção antes voltada para o nosso sofrimento e nos permitimos mais. Assim, muitas pessoas se tornam grandes cuidadoras dos que amam ou até mesmo, de pessoas estranhas em serviços de voluntariado.
Não há nada de errado nisso! Pelo contrário, é valoroso ressignificar seu próprio sofrimento e entender que se pode ajudar alguém. Porém, não se esqueça que TODOS nós seres humanos, também necessitamos de cuidado. Quanto mais ignorarmos essa necessidade de receber cuidado ou de se permitir ser cuidado, POR NÓS e pelo OUTRO, mais e mais nos acostumamos a viver só de defesas e a VIVER SÓ. Bom demais ser cuidado, sem isso... adoecemos.
Pensem nisso!!
Abraços fortes... até mais!
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