sábado, 23 de abril de 2011

Homossexualidade não é doença

O tema da postagem de hoje é alvo de preconceitos que geram sofrimento para indivíduos homossexuais e seus familiares. Esses dias recebi no consultório, um paciente ainda criança e sua mãe, muito preocupada pela suspeita de que seu filho seja homossexual, descrevia assustada que ele gostava de brincar de barbie.

Já atendi homossexuais, lésbicas e bissexuais, sendo que a maioria, mesmo os que já se assumiram, carregam consigo alguma história ou experiência extremamente dolorosa de preconceito ou discriminação. Já atendi pais de homossexuais que sofreram muito ao descobrir ou desconfiar de seus filhos, pensando sempre no que os OUTROS iriam pensar, falavam da criação e alguns se sentiam culpados. É bem frequente o pai culpar a mãe pela orientação sexual do filho (a).

Gostaria de dizer a todos que homossexualidade não é doença! Não estou fazendo apologia a orientação sexual de gays e lésbicas. Quero apenas dizer que desde 1985, o Conselho Federal de Psicologia deixou de considerar o homossexualismo como desvio sexual; e que em 1999, estabeleceu regras para a atuação dos psicólogos, considerando que  "a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão e que os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e/ou cura da homossexualidade."

Ainda segundo dados da wikipédia, "no dia 17 de Maio de 1990, a Assembleia-geral da Organização Mundial de Saúde (sigla OMS) retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais, a Classificação Internacional de Doenças (sigla CID). Por fim, em 1991, a Anistia Internacional passou a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos."

Concordando você ou não com o que já se compreende sobre homossexualidade, NENHUM ser humano, independente da sua orientação sexual (heterossexual ou não) tem o direito de discriminar, desvalorizar, denegrir, julgar e/ou ferir fisicamente e emocionalmente, um outro ser que sinta atração sexual e amorosa por alguém do mesmo sexo.

Observo que muitos indivíduos ainda hoje sofrem pelo estigma, sendo punidos pela sociedade e familiares, sofrendo e escondendo seus relacionamentos ou vivendo infelizes, constituindo relações heterossexuais para que sejam aceitos e valorizados pelos demais. Triste realidade de uma sociedade plural, com tanta diversidade e desigualdade, que ainda associa homossexualidade a OPÇÃO ou ainda, a promiscuidade.

Se você é gay, lésbica ou bissexual e sofre por alguma razão, em decorrência de sua orientação sexual ou pela discriminação das pessoas (familiares ou não), procure ajuda psicológica para que se liberte do sofrimento e seja feliz, sendo você mesmo, autêntico e leal a sua homossexualidade.

Abraços fortes...

* Dedico este texto aos meus amigos que são homossexuais (gays e lésbicas).

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