segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Pense nisso

"A menos que se avance um passo,
ou meio passo mais que ontem,
não se viveu de fato o dia de hoje."
(Viver dia a dia - do livro: "Um caminho de flores"

Esta é uma tentativa singela de dizer que o Construindo, faz parte do meu dia a dia e que tenho buscado diariamente, trazer de volta a minha vida o que me faz sentido, o que me ajuda a crescer como pessoa e profissionalmente. Estou aqui em pensamento e às vezes, na expressão deles. Utilizo destas palavras para descrever como me sinto quando percebo que depois de mais um dia, avancei um passo e por isso, já valeu a pena!

Beijo no coração e abraços fortes... sempre!!!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Casamento para toda vida, existe?


Esses dias atendi um senhor de 77 anos, que vive a dor do luto de sua esposa, com quem viveu 60 anos de sua vida. Esse senhor está vivenciando um período de perdas diversas. A dor emocional é tão forte, que faz doer fisicamente também. Esse senhor falou a respeito do seu casamento, sobre como foi difícil perdê-la. Falou sobre o que construiram ao longo desses 60 anos.

Na sua simplicidade, falou sobre o casamento nos dias de hoje. Disse que não entende como as pessoas podem casar e descasar assim, de uma hora pra outra, mal casou e já se separou. "Já casam falando em se separar se não der certo". Segundo ele, no casamento não é sempre que dá tudo certo, mas é importante que as pessoas busquem fazer com que dê certo".

"Na vida não é assim. A gente não vive todos os dias feliz, mas não pode desistir, tem que continuar acreditando e dá certo. Só não dá certo se alguém desiste. Eu e minha esposa, a gente sempre tava junto. Ela me faz tanta falta".

Casamento de nossos avós, de nossos pais ou o nosso, seja de que época for, casamento se constitui dia a dia. Na alegria e na tristeza é que se constroí um casamento feliz. Muitos casais vivem o casamento como se aquele namoro bem sucedido, já garantisse a união matrimonial e o "felizes para sempre". Casamento feliz é construção de cada dia e para que essa construção resista as ações do "tempo" e da "rotina", é importante uma "constante reforma". Cuidando da relação, mantemos o amor sempre vivo e fortalecido.

Mas como terapeuta de casais, posso dizer que casamento feliz não depende somente do sentimento de amor mútuo. Depende muito mais da capacidade que os sujeitos adquirem de lidar com as diferenças, individualidades e dificuldades de toda ou qualquer relação. Exige respeito e troca, exige cuidado e renovação.

Olhar para esta experiência ou vivência como se olha para a vida! Vida que está sempre em movimento, que varia de forma e cor, e que precisa dessas variações para fazer sentido, para continuar fazendo bem. Em tudo que deixamos de investir cuidado, com o tempo perde a graça, deixa de ser importante.

Pessoas que vivem acomodadas, se distanciam e se calam, silenciadas pelo medo de se permitir mais. Seja feliz e faça o outro feliz ao seu lado! Quem não se cuida ou se valoriza, quem não se ouve e não é ouvido, dificilmente viverá feliz ao lado de um outro alguém. Casamentos felizes de 60 anos não caem do céu! É construção que envolve merecimento!

Caso você perceba que está infeliz no seu casamento e não sabe o que fazer para resolver os conflitos e discussões constantes. Se está cansada (o) do distanciamento, de um casamento de aparências e não consegue ao mesmo tempo, romper essa relação. Busque atendimento psicológico individual ou de casal, cuide de você e da sua relação, encontre um novo sentido para ser feliz!

Abraços fortes...

terça-feira, 17 de julho de 2012

O tempo de voltar está chegando...


As coisas vão entrando no eixo, a correria fora do normal, muitas vezes bagunça o que já estava tão bem estruturado. Escolhas são feitas para o melhor aproveitamento do que a vida nos traz.. assim, de repente! Estou me organizando para que em breve esteja de volta...

Obrigada pelas visitas e e-mails que permanecem fazendo do Blog, um espaço de Construção de Ideias e Sentidos...

Abraços fortes...

terça-feira, 22 de maio de 2012

Olá leitores, seguidores e visitantes do Blog! Minha ausência do Construindo ocorreu porque além dos compromissos, tive que abrir mão de algumas das minhas atividades, para dar conta de cuidar de pessoas amadas, que necessitavam da minha ajuda, de meus cuidados.
Agradeço a todos que mesmo na minha ausência, mantiveram o blog em movimento com suas visitas e entrando em contato comigo.

Já ultrapassamos 24.000 acessos!!

Abraços fortes...


quinta-feira, 22 de março de 2012

formspring.me

Faça aqui sua pergunta e tire suas dúvidas. http://www.formspring.me/stellarp

Olá Stella , o que faz um casal que briga por mais de 20 anos se separar e depois voltar a se relacionar e continuar com as brigas ? isso é vicio ? obrigada .

Olá! Desculpe a demora para responder sua pergunta. Na realidade, independente dos conflitos que este casal possa ter, mesmo após um casamento de 20 anos, está claro que o rompimento não foi a solução para a resolução dos conflitos. Ou seja, o casal se separou e por alguma razão que desconheço, voltaram a se relacionar e junto, os conflitos voltaram a ocorrer. Talvez o motivo da reaproximação seja porque se gostam e desejam permanecer juntos. Como terapeuta de casais, posso lhe afirmar que muitas pessoas se separam e ainda continuam se gostando, porém mesmo havendo sentimento que os una, existem os CONFLITOS que os separam. Em qualquer relação é necessário que se cuide dos conflitos e/ou sofrimentos que possam surgir, para que a relação seja saudável e dê certo. Sugiro ao casal que procure um psicólogo e terapeuta de casais para ajudá-los.
Abraços fortes... estou à disposição. E obrigada pela pergunta!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Maternidade Interrompida


O drama emocional de quem assiste seu sonho virar pesadelo, daqueles que marcam sua vida pra sempre, é o que ocorre com mães que durante sua gestação ou após o nascimento de seus filhos, perdem a chance de verem seus filhos crescerem.

Quando fiz a especialização em Luto, conheci o livro "Maternidade Interrompida" de Maria Manuela Pontes. Neste livro, encontramos histórias de mães e mulheres que sofreram uma ou mais perdas, sentindo a dor que desperta reações ou sentimentos diversos e na maioria das vezes, que faz com que essas mulheres sintam vergonha e culpa por não terem conseguido manter seus filhos vivos até o fim da gestação ou por não ter conseguido salvá-los.

Muito cuidado se você conhece alguma mãe e pai de crianças que morreram tão prematuramente! Nenhum deles deseja ouvir palavras de "consolo", como por exemplo: "você é jovem, terá outro"; ou "ainda bem que não nasceu, vocês nem conheceram, teria sido pior"; ou "você se recupera logo".

Trabalho em Maternidade e UTI neonatal, digo que ver essas mãezinhas e paizinhos perderem seus tão sonhados filhos... é indescritível. Somente eles conseguiriam descrever a dor que estão sentindo! Tenhamos respeito por essas pessoas, com suas perdas e suas dores!

Conheci esta semana uma mãezinha que quase abriu mão do seu sonho de ser mãe, porque há 10 anos atrás perdeu uma filha recém-nascida em seus braços. Há poucos dias nasceram seus filhos, gêmeos e ainda prematuros, foram para UTI neonatal e lá estão recebendo cuidados para sobreviverem. Vi esta mãezinha com muito medo, medo de perder novamente, entrando na UTI com o coração dilacerado e chorando bastante, pois não queria deixar seus filhos sem ela. Vi o paizinho muito forte, querendo passar a mesma força para sua esposa e seus dois menininhos. Vi uma família que já estava formada bem antes deste nascimento, ligados através do amor, lutando para permanecerem juntos de agora em diante. Uma mãezinha e um paizinho, assustados e orgulhosos de seus filhos tão lindos!

Toda mulher e todo homem que vive uma dor como esta, a perda de um filho, precisa de assistência psicológica e acima de tudo, do afeto e respeito de seus familiares e amigos. 

Beijo no coração de todos!! 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

no meu caso a história repetiu-se com a mesma pessoa, mas invertida. primeiro fui eu que não tive coragem, agora é ele. Será que um dia a vida nos vai dar a oportunidade que nós tanto quisemos, tanto há 18 anos atrás como agora???

RESPOSTA: Olá... pelo que entendi de sua pergunta, você não se permitiu viver um relacionamento com uma pessoa e agora, após 18 anos, você reencontrou esta mesma pessoa, que neste momento não quis ou não pôde iniciar um relacionamento com você. Infelizmente não posso lhe responder que sim, a vida lhes dará esta oportunidade ou que não, isso não irá acontecer. Não tenho como saber! Mas posso lhe dizer que se o sentimento que você ainda tem por ele ou ela, está impedindo que você viva e/ou seja feliz, é importante que você pense a respeito se existe alguma chance real para que a relação aconteça, senão você corre o risco de viver um amor platônico, baseado no que você fantasia viver ao lado desta pessoa, mas não vive. Gostar de alguém e não viver este sentimento, é bastante doloroso, seja por qual for o motivo. A terapia pode te ajudar a buscar uma possibilidade de resolver este conflito; ou se necessário, te ajudar a lidar com um rompimento inevitável. Espero ter ajudado. Estou à disposição. Obrigada pela pergunta! Abraço forte...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Boa tarde visitantes do Blog... a partir de agora vou publicar as perguntas e respostas que me forem enviadas pelo formspring, desse jeito acredito que os temas abordados, poderão servir de ajuda para outros visitantes que participam do blog, quando fazem uma visitinha ou mesmo, através dos comentários.

Nosso número de acessos está aumentando a cada dia, agradeço a todos... Bjo no coração!

prezada stella estou namorando um senhor de 60 anos que ainda tem um filho de 10 anos. eles tem uma relação de dependência muito forte e me sinto excluida desta relação sofro com a sensação de rejeição pois o meu namorado se deixa dominar completamente

RESPOSTA: Olá querida, acredito que esta situação esteja te causando bastante sofrimento. Talvez para você esteja clara a relação dos dois de dependência, mas para ele não. Sugiro que procure atendimento psicológico, para que entenda a respeito dos sentimentos e sofrimento que esta situação lhe causa, também como lidar ou responder emocionalmente a relação dos dois. Talvez verifique que você está muito insegurança, não se sente pertencente e pode começar a reagir como se tivesse que competir com este filho, para ter a atenção do namorado. Cuidado! Procure atendimento psicológico e se cuide! O que é do outro, não podemos interferir ou mudar, ninguém muda ninguém, mas a forma como você reage a situação, pode fazer muita diferença. Obrigada pela pergunta! Estou à disposição. Abraço forte...

Meus pais se separam quando eu tinha 6 anos eles brigavam muito eu ficava chorando e pedindo pra pararem hoje tenho 17 anos sou muito insegura e tediada acho que foi a separação será? Preciso de ajuda

RESPOSTA: A separação dos pais é sempre um processo doloroso, como todo rompimento, exige das pessoas uma adaptação interna para às mudanças, uma reorganização da vida e dos sentimentos. O que ocorreu depois; ou seja, como foi vivenciado esse processo, pode sim ter contribuído para que você se tornasse uma pessoa insegura. Além disso, questões relacionadas a sua vida, podem reforçar sua insegurança e tédio. Sugiro que procure atendimento psicológico e se cuide! Através da terapia, você conhecerá mais a respeito de si mesma, também será avaliada quanto a perda vivida pela separação de seus pais e poderá adquirir recursos emocionais que ajudarão ao longo de sua vida.
Obrigada pela pergunta! Espero ter ajudado, estou à disposição. Abraço forte...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

De volta ao Construindo

"E agora, que estou livre de todas as obrigações oficiais, sinto-me atraído pela ideia de usar meu tempo e bom humor para, num desses dias, escrever um livro - ou antes, um livrinho, uma coisinha para os amigos e aqueles que partilham dos meus pontos de vista. O assunto não terá a menor importância. Será apenas um pretexto para que eu me isole a fim de gozar a felicidade de ter tempo de lazer." (Rubem Alves - Variações sobre o prazer)


Que saudades de passar por aqui, escrever e refletir sobre minha prática, compartilhando com aqueles que se interessam, sobre os desafios de trabalhar com o ser humano, em suas nuances, suas fases de construção e re-construção... que saudades...

Eu estou sem vir ao Construindo há mais de um mês e confesso que não foi por descaso ou desinteresse, foi por total falta de tempo, pela correria com que as coisas (boas e ruins) também ocorrem em minha vida, pela pausa que precisei fazer de algumas coisas... me afastei daqui e nem foi intencional, simplesmente aconteceu...

Estou de volta ao Construindo, iniciei o texto com este trecho de um dos livros do queridíssimo Rubem Alves, este que ganhei de presente no Natal passado e que por enquanto, só pude folhear... achei estas suas palavras já no prefácio e me reconheci nelas, no desejo de voltar aqui e de ter mais tempo para me dedicar a um dos meus projetos que tanto acredito... O Construindo Sentidos.

Agora no início do ano, tive a agradável surpresa de ter contato com pessoas que visitam o blog e que compartilham meus posts pelas redes sociais, achei bacana e também, pensei que o interessante mesmo é se pudessem também dessa forma, chegar aos ouvidos e olhos de quem necessita de informação, de ajuda e de um estímulo para voltar ou finalmente começar a se cuidar como merece e precisa!

Sigo dessa maneira, otimista e esperançosa de que realmente estou de volta e para os que sentiram falta de posts novos... farei o possível! Obrigada pelo carinho e reconhecimento de alguns...
 
Beijo no coração... até logo...