domingo, 12 de fevereiro de 2012

Maternidade Interrompida


O drama emocional de quem assiste seu sonho virar pesadelo, daqueles que marcam sua vida pra sempre, é o que ocorre com mães que durante sua gestação ou após o nascimento de seus filhos, perdem a chance de verem seus filhos crescerem.

Quando fiz a especialização em Luto, conheci o livro "Maternidade Interrompida" de Maria Manuela Pontes. Neste livro, encontramos histórias de mães e mulheres que sofreram uma ou mais perdas, sentindo a dor que desperta reações ou sentimentos diversos e na maioria das vezes, que faz com que essas mulheres sintam vergonha e culpa por não terem conseguido manter seus filhos vivos até o fim da gestação ou por não ter conseguido salvá-los.

Muito cuidado se você conhece alguma mãe e pai de crianças que morreram tão prematuramente! Nenhum deles deseja ouvir palavras de "consolo", como por exemplo: "você é jovem, terá outro"; ou "ainda bem que não nasceu, vocês nem conheceram, teria sido pior"; ou "você se recupera logo".

Trabalho em Maternidade e UTI neonatal, digo que ver essas mãezinhas e paizinhos perderem seus tão sonhados filhos... é indescritível. Somente eles conseguiriam descrever a dor que estão sentindo! Tenhamos respeito por essas pessoas, com suas perdas e suas dores!

Conheci esta semana uma mãezinha que quase abriu mão do seu sonho de ser mãe, porque há 10 anos atrás perdeu uma filha recém-nascida em seus braços. Há poucos dias nasceram seus filhos, gêmeos e ainda prematuros, foram para UTI neonatal e lá estão recebendo cuidados para sobreviverem. Vi esta mãezinha com muito medo, medo de perder novamente, entrando na UTI com o coração dilacerado e chorando bastante, pois não queria deixar seus filhos sem ela. Vi o paizinho muito forte, querendo passar a mesma força para sua esposa e seus dois menininhos. Vi uma família que já estava formada bem antes deste nascimento, ligados através do amor, lutando para permanecerem juntos de agora em diante. Uma mãezinha e um paizinho, assustados e orgulhosos de seus filhos tão lindos!

Toda mulher e todo homem que vive uma dor como esta, a perda de um filho, precisa de assistência psicológica e acima de tudo, do afeto e respeito de seus familiares e amigos. 

Beijo no coração de todos!! 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

no meu caso a história repetiu-se com a mesma pessoa, mas invertida. primeiro fui eu que não tive coragem, agora é ele. Será que um dia a vida nos vai dar a oportunidade que nós tanto quisemos, tanto há 18 anos atrás como agora???

RESPOSTA: Olá... pelo que entendi de sua pergunta, você não se permitiu viver um relacionamento com uma pessoa e agora, após 18 anos, você reencontrou esta mesma pessoa, que neste momento não quis ou não pôde iniciar um relacionamento com você. Infelizmente não posso lhe responder que sim, a vida lhes dará esta oportunidade ou que não, isso não irá acontecer. Não tenho como saber! Mas posso lhe dizer que se o sentimento que você ainda tem por ele ou ela, está impedindo que você viva e/ou seja feliz, é importante que você pense a respeito se existe alguma chance real para que a relação aconteça, senão você corre o risco de viver um amor platônico, baseado no que você fantasia viver ao lado desta pessoa, mas não vive. Gostar de alguém e não viver este sentimento, é bastante doloroso, seja por qual for o motivo. A terapia pode te ajudar a buscar uma possibilidade de resolver este conflito; ou se necessário, te ajudar a lidar com um rompimento inevitável. Espero ter ajudado. Estou à disposição. Obrigada pela pergunta! Abraço forte...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Boa tarde visitantes do Blog... a partir de agora vou publicar as perguntas e respostas que me forem enviadas pelo formspring, desse jeito acredito que os temas abordados, poderão servir de ajuda para outros visitantes que participam do blog, quando fazem uma visitinha ou mesmo, através dos comentários.

Nosso número de acessos está aumentando a cada dia, agradeço a todos... Bjo no coração!

prezada stella estou namorando um senhor de 60 anos que ainda tem um filho de 10 anos. eles tem uma relação de dependência muito forte e me sinto excluida desta relação sofro com a sensação de rejeição pois o meu namorado se deixa dominar completamente

RESPOSTA: Olá querida, acredito que esta situação esteja te causando bastante sofrimento. Talvez para você esteja clara a relação dos dois de dependência, mas para ele não. Sugiro que procure atendimento psicológico, para que entenda a respeito dos sentimentos e sofrimento que esta situação lhe causa, também como lidar ou responder emocionalmente a relação dos dois. Talvez verifique que você está muito insegurança, não se sente pertencente e pode começar a reagir como se tivesse que competir com este filho, para ter a atenção do namorado. Cuidado! Procure atendimento psicológico e se cuide! O que é do outro, não podemos interferir ou mudar, ninguém muda ninguém, mas a forma como você reage a situação, pode fazer muita diferença. Obrigada pela pergunta! Estou à disposição. Abraço forte...

Meus pais se separam quando eu tinha 6 anos eles brigavam muito eu ficava chorando e pedindo pra pararem hoje tenho 17 anos sou muito insegura e tediada acho que foi a separação será? Preciso de ajuda

RESPOSTA: A separação dos pais é sempre um processo doloroso, como todo rompimento, exige das pessoas uma adaptação interna para às mudanças, uma reorganização da vida e dos sentimentos. O que ocorreu depois; ou seja, como foi vivenciado esse processo, pode sim ter contribuído para que você se tornasse uma pessoa insegura. Além disso, questões relacionadas a sua vida, podem reforçar sua insegurança e tédio. Sugiro que procure atendimento psicológico e se cuide! Através da terapia, você conhecerá mais a respeito de si mesma, também será avaliada quanto a perda vivida pela separação de seus pais e poderá adquirir recursos emocionais que ajudarão ao longo de sua vida.
Obrigada pela pergunta! Espero ter ajudado, estou à disposição. Abraço forte...