domingo, 30 de janeiro de 2011

Quando quem amamos adoece gravemente


Quando quem amamos adoece gravemente, mais do que nunca sentimos que se faz necessário ... ser forte! Sentimos uma mistura de medo e de esperança nos alimentando para continuarmos cuidando de quem tanto amamos. O choro vem de vez em quando, junto o aperto no peito e o desejo de roubar a dor dessa pessoa, de sentir por ela o seu sofrimento.

Quando quem amamos adoece gravemente, mais do que nunca precisamos ... de nossa fé! Acreditar que pouco a pouco a vitória será conquistada e que a experiência dolorosa, será enfim de grande aprendizado.

Quando quem amamos adoece gravemente, somos tomados por uma sensação de impotência, um desejo sem tamanho de cuidar, sentimos vontade de fazer de tudo e às vezes, pensamos não estar fazendo quase nada. Porém para quem tanto amamos e está gravemente enfermo, receber o nosso carinho, nosso cuidado... sem dúvida é muito importante.

Quando alguém adoece gravemente, esta pessoa precisa de paz, tranquilidade, pensamentos positivos, incentivo, força, carinho e cuidado, atenção e paciência. O caminho é de intensas mudanças, fortes questionamentos e por isso, as oscilações de humor e as emoções como tristeza, angústia, ansiedade e irritabilidade, são frequentes.

Faça o melhor, ESTEJA PRESENTE, não faça cobranças, seja generoso ou cuidadoso com o que diz. As emoções e os pensamentos ruins são muito intensos, portanto tenha bom senso ao falar com esta pessoa. A força, a esperança e a paz de espírito são grandes companheiras nesta hora.

Fale do seu amor e pergunte do que ela (e) precisa, saiba ouvir e se calar quando necessário. Não tire de quem você ama o direito de decidir sobre sua vida, respeite sua autonomia, incentive que ela (e) participe de seu tratamento. Não existe nada mais poderoso do que a força do pensamento positivo, do amor e o desejo de viver!

Abraços fortes...

4 comentários:

  1. Oi querida...quando alguém que amamos adoece gravemente, acho que adoecemos um pouco junto...o sofrimento e a dor que sentimos ao ver o outro enfermo, é uma mistura de impotência e incapacidade, uma sensação de estarmos com as mãos atadas mesmo...

    Mas a vontade de querer que aquela pessoa se recupere e fique bem, nos torna mais fortes e a fé realmente acaba movendo montanhas...

    Vc é sempre tão sábia nas suas palavras, que sinceramente, ler os seus escritos ou te ouvir, me faz bem...

    Bjo bem grande

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  2. Olá Cynthia, obrigada pelo comentário. Beijo grande!

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  3. Olá Semi, obrigada pelo comentário e por compartilhar seus pensamentos. Claro que o sentir é muito subjetivo, mas na minha experiência profissional, no cuidado de pessoas adoecidas e seus familiares, verifico que o contexto de sofrimento é vivenciado por ambas as partes. Além disso, na tentativa de proteger quem se ama, pacientes e familiares escondem seu sofrimento, pois é muito difícil compartilhá-lo. Muitos evitam entrar em contato com a dor emocional decorrente do adoecimento e sofrem sozinhos. Neste contexto, o psicólogo tem como objetivo auxiliar no cuidado da pessoa que está doente e dos que estão ao seu lado.

    Beijo grande!

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