sábado, 16 de julho de 2011

O dilema das diferenças


Por que será que para algumas pessoas é tão difícil conviver com as diferenças? Você que está lendo esta postagem, consegue pensar e descobrir respostas para este dilema?

Nas relações amorosas, nas relações em família, no ambiente profissional, para se construir um relacionamento saudável, baseado no respeito às individualidades ou diferentes formas de ser, é indispensável aprender a conviver e aceitar as diferenças. Fácil de falar, difícil é colocar em prática!

Tem muita gente dizendo que sabe lidar com o diferente, mas em suas atitudes e conflitos demosntram o contrário. O diferente assusta, intimida, gera insegurança. Será que sempre é assim? Digo apenas que depende! Por que algumas pessoas se aproximam ou aceitam com mais facilidade de quem lhes parece muito semelhante? E por que outras pessoas escolhem e se aproximam de pessoas tão diferentes dela?

É questão de gosto? Do jeito que se gosta ou não de um sabor ou perfume doce, ou se rejeita algo contrário? Em primeiro lugar é importante pensar que normal é ser diferente. Acontece que TODO e qualquer ser humano, mesmo que inconscientemente, na busca por encontrar alguém com quem possa se vincular e/ou se relacionar de forma satisfatória, em todos os tipos de relação (amorosas ou não), vai se deparar com o diferente porque NINGUÉM É IGUAL A NINGUÉM.

Então todos serão confrontados com as diferenças entre o eu e o outro, mas nem todos sofrerão por isso. As escolhas que conduzem a aproximação entre dois seres ou a ação de não permitir essa proximidade, são determinadas por características pessoais mutáveis e imutáveis.

Estou atendendo atualmente diversas pessoas que sofrem pela dificuldade de conviver com alguém que amam, mas que não pensa.. não sente... não escolhe... não vive, como eles ou como eles gostariam. Neste conflito a pessoa que não sabe lidar com as diferentes formas de ser e viver a vida, sofre muito e por vezes, adoece emocionalmente e fisicamente. A relação sofre desgastes pelas sucessivas frustrações, pelas expectativas não atendidas, pelo confronto e brigas que passam a ser cada vez mais constantes.

Não saber lidar com as diferenças provoca dor, isolamento, solidão, desamparo, depressão... faz com que o sujeito carregue dentro de si a dor de não pertencer a lugar ou grupo nenhum, de ser igualmente rejeitado por aquele que não aceita suas imposições, de estar sempre recebendo do outro o mesmo desprezo ou desaprovação.

É notório que as diferenças existem, porém será que todos ou grande parte já aprendeu a conviver, se relacionar e aceitar a diversidade humana, principalmente na construção de vínculos ou relações? Quantos e quantos relacionamentos já foram desfeitos? Quantas pessoas brigam e adoecem juntas com tanta troca de imposições?

Esse tema pode ser mais e mais explorado, dentro de cada um que pára para pensar sobre o que leu, sobre as suas formas de se relacionar com o outro. Tem gente que está no outro extremo, que aceita e se mostra submisso para evitar o confronto ou para não romper uma relação. Mas isso é assunto para outra postagem... Pense você nas relações que fazem parte de sua vida atual e passada, e caso perceba que não estão satisfatórias, que causam ou causaram sofrimento para você ou para o outro, busque ajuda psicológica para resolver o que lhe faz mal ou atrapalha na vida, seja feliz!!

Lembre-se: toda relação é construída por todos os envolvidos, dois ou mais... e somente na relação consigo mesmo, é que existe SOMENTE uma pessoa responsável pelo sucesso ou fracasso desta relação.

Abraços fortes e cheios de saudades de estar por aqui... estou de volta!!

Obrigada aos que mantiveram este espaço sendo visitado e se mantendo como construtor de sentidos... os meus, os seus e os nossos...  

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